domingo, 15 de março de 2009

PARCERIA ARTES DE OEIRAS – MÃOS DE OEIRAS


Produção de peças com design


Há 2 meses em treinamento desenvlvido pelo espaço arte, o grupo de de ação da Levante Cultural Mãos de Oeiras prapara coleções de peças de decoração, objetos de uso e decorativo que serão comercializados pelo espaço arte com a marca Artes de Oeiras, feito pelas Mãos de Oeiras.
O treinamento iniciou com um curso de composição criativa e desenho, em que foram estudadas as maneiras de compor as cores de forma criativa e moderna para a tingir o mercado da decoração nacional e internacional. Sob a orientação da arquiteta e designer Josevita Tapety, o grupo fez exercicios de liberação da criatividade através de técnicas de relaxamento e terapia de grupo.
O objetivo da orientadora artistica do grupo é fornecer elementos e subsidios para que o talento e habilidade do grupo produza peças diferenciadas e com caracteristicas próprias.
A empresa empreendeu pesquisa de mercado em nivel nacional e internacional direcionada para as tendencias do grupo e tipo de trabalho, cuja experiência em trabalhos manuais e artesanato já vem sendo desenvolvido há gerações com minucias de detalhes e qualidade ímpar.
As priemiras peças da coleção estão sendo confeccionadas para exposição e venda via internet, através do blog da associação ( maosdeoeiras.blogspot.com) e do espaço arte ( espaço.arte_oeiras.blogspot.com).

O GRUPO DE AÇÃO

Entrevista com a Fundadora




Transcrito aqui neste novo blog entrevista concedida ao Informativo Àgora, da Associação Cultural de Oeiras, em 10 de julho de 2009.
Após 2 anos de novas tentativas, finalmente a Associação conseguiu organizar um espaço de reuniões e produçao.




Socorro de Felão é porfessora, artesá, atriz...

Fundou, em parceria com alguns entusiastas (os Músicos: Tom Chico, Josué, Francimário, Professores e Artesãos: Antônio Silva, Célia Maria e Benigno Neto, e apoio de algumas donas de casa, também Artesãs), fevereiro passado a Associação Cultural Mãos de Oeiras. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo profissionalizar a produção de artesanato e o desenvolvimento de atividades artísticas na micro-região de Oeiras.

Mediante parceria recentemente firmada com a ACO ( Associação Cultural Mãos de Oeiras), SENAC e Fundação D. Edilberto, está reunindo os artistas e artesãos de nossa cidade para desenvolvermos em conjunto o setor que, atualmente, no Brasil, permite geração de renda a mais de 9 milhões de brasileiros e brasileiras.

Ágora - O que os levou a pensar na formação de uma Associação para produzir artesanato?
Socorro - Quando a gente pensou na associação, pensou primeiro em nossos filhos. Tenho uma filha adolescente, com 18 anos e já com dois filhos. Pensei nos demais jovens que são dependentes de drogas (inclusive na minha família tenho casos de dependentes), conversando entre nós, pensamos numa forma de botar esse povo para trabalhar e ver se esquecem as drogas. Pensamos nos jovens que vivem na criminalidade e na prostituição. Pensamos como uma invenção para ver se daria certo, trabalhar com jovens, adolescentes e crianças, para dar um incentivo e tirar nossos filhos das ruas.

Á. Como você vê o fator associativismo diante da realidade sócio-cultural e econômica de nossa região?
S. Uma grande dificuldade. As pessoas ainda não entendem o que é uma associação nem o trabalho cooperativo. A gente explica, tenta reunir, mas dificilmente eles se associam e a resposta é sempre: tudo bem, se você fizer, eu também entro. Não é o caso de entrar pra trabalhar. Esse só faz que eu entro, é tipo: você se vire! Quando estiver pronto a gente toma de conta. Dessa forma, não há entre nós ainda o hábito do associativismo e do cooperativismo.

Á. Conhecemos a dificuldade financeira em que vivem os artesãos no Brasil e no mundo inteiro. No cenário do semi-árido Piauiense, particularmente na nossa região, quais as maiores dificuldades para desenvolver o setor artesanal?
S. Incentivo. A nossa maior dificuldade é falta de incentivo. Não temos incentivo moral nem financeiro. As pessoas não acreditam no nosso trabalho e não dão valor à obra de arte. A gente faz um trabalho bem feito, passa dias e dias dando o melhor de si e ouve no final só um “isso tá caro”. Não levam em conta o nosso trabalho, o tempo que se gastou para fazer o serviço. Se a gente cobra o valor só do material, mesmo assim ainda acham caro. Falta também, do público, dar valor real ao trabalho.

Á. Quer dizer que é difícil vender seu trabalho na nossa região. Qual a solução para isso então?
S. Formar a associação para trabalhar juntos e formar uma parceria lá fora para vender nosso trabalho noutros mercados. Eu sempre mando coisas minhas para São Paulo e minhas irmãs vendem muito mais caro do que eu conseguiria vender aqui. Vender lá fora, acho que dá mais resultado.

Á. Como você vê a postura do oeirense como consumidor de artesanato?
S. A gente sente na pele por que é nossa terra, mas não é só o oeirense que não dá valor ao próprio trabalho. O pessoal que viaja em caravana, excursão, quer mesmo é saborear uma boa comida típica. Vender coisas pequenas é mais fácil: lembrancinhas. Trabalhos maiores é muito difícil vender. Também, nosso turismo ainda está iniciando. Eles dão mais valor ao que vem de fora. Mandam comprar toalhas de crochê bordadas em Fortaleza, vendem por um absurdo e o povo acha barato. O que se faz aqui, ninguém dá valor.

Á. Quais suas expectativas com relação à Associação e a este projeto?
S. Uma andorinha só não faz verão. A nossa maior dificuldade é conseguir que alguém diga: “eu te vendo fiado, quando você receber, me paga.” Faltam formas de financiamento. Às vezes a gente tem aquela vontade de produzir, leva sempre um não na cara e antes mesmo de começar já desiste. Aqui dentro de Oeiras, o empresariado não tem vontade de investir em nossa gente.
Eu vejo que nossa cidade está evoluindo. Estamos indo para algum lugar e pode ser que assim, nossa cultura em geral possa encontrar seu espaço. Nossa cultura é muito empobrecida. Continua sendo a “terra do já teve”, mas pode ser que volte a ter um dia. Acredito que vamos conseguir. Esta parceria uniu interesses em comum e tenho certeza que vai dar certo. Muitos jovens já estão me procurando com grupos de teatro querendo ajuda para realizar seus projetos, músicos querendo se formar, jovens querendo dançar e aprender mais. Esta parceria nos deu um novo ânimo. Agora vai dar certo porque Deus é mais!

A ASSOCIAÇÂO

LEVANTE CULTURAL MÃOS DE OEIRAS


INSTALAÇÕES FÍSICAS














Casa localizada na Av. Teresina, Bairro Jureminha, com um galpão de atividdes e escritorio da administração.


Atividades propostas:

A. Cursos e treinamentos, capacitação técnica profissional de:
Bordados
Corte e costura
Rendas
Crochê
Macramé
Pintura (tela e tecido e cerâmica).
Artesanato em palha, madeira e couro
Artesanato em material reciclado.
Corte de cabelo, manicura e pedicura
Carpintarias
Dança
Teatro
Musica
Relações Humanas
Português
Matemática
Inglês
Serralheria
Velas (aromáticas e decorativas)
Bijuterias e biojóias
Bolsas
Oficina de Oratória.
Faxina e limpeza
Pedreiro e ajudante de obras
Vigilância

B. Eventos

O grupo se reune e monta as apresentações de jovens e adultos para serem exibidas nas praças, com participação de toda a comunidade.